sexta-feira, 16 de julho de 2010

Continuação...sintra em foco

Este trabalho irá ter continuação em http://www.sintraemfoco.com/

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Fonte da Pipa

A primeira referência à Fonte da Pipa remonta ao já longínquo ano de 1369, quando num documento se menciona: João Anes, «morador à Fonte da Pipa». A sua actual arquitectura, no entanto, reporta-se ao século XVIII, concretamente, à reforma integral patrocinada por D. Maria I, conforme inscrição em cartela envoluteada gravada no espaldar, à qual se sobrepõe a real pedra de armas:
ANTIGA FONTE / DA PIPA / REEDIFICADA / E MELHORADA / PELO DOUTOR / FRANCO IOZE / DEMIRANDA / DUARTE . PRAEZI /DENTE DO SENADO / DA CAMERA . E IUIZ / DE FOR A .
DESTA VILLA / EM EXECUÇAM DAS / ORDENS DE SUA MAG.E / EXPEDIDAS EM AVIZO / DA SECRETARIA DE ESTADO / DOS NEGOCIOS DO REYNO DE / VINTE E SEIS DE OUTUBRO DE / MIL SETECENTOS E OUTENTA / E SETE . PELAS QUAIS FOI / A MESMA SENHORA SERVIDA / DETERMINAR A RESTITUIÇAM / DESTA FONTE: SOCEGANDO / O POVO . E LIVRANDO DA / OPRESSAM . QUE LHE CAUSAVA / A FALTA DE AGOA NO BAIRRO / DO CASTELLO.E PORISO EM / MEMORIA DE TAM AUGUSTA / SOBERANA SE GRAVARAM / OS VERSOS SEGUINTES . / QUALIS APUD VETERES / DIVAS REGNABAT ULYSES / QUI NULLI CIVI DICTO . / FACTOQUE NOCEBAT . / 1788.

As pilastras sobressalientes do espaldar - rematadas por coruchéus, sendo o central mais desenvolvido - enquadram painéis cerâmicos a azul. Os das extremidades, de recorrência classicizante, evocam as figuras idealizadas de Diana e da Justiça. Os dois outros painéis de azulejos que emolduram a centralizada lápide inscrita, de traço mais livre e de maior naturalidade, representam frondosos pinheirais. Na parte inferior deste complexo espaldar, sobressai estanco de pedra alimentado pela pequena pipa.

Fonte:C.M.Sintra

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fonte Mourisca


Edificada em 1922, segundo projecto de Mestre José da Fonseca,a Fonte Mourisca substituiu o antigo Chafariz da Câmara, com o intuito de valorizar a entrada de Sintra
e de «dignificar a água mais apreciada de Sintra».

Com o alargamento da estrada, em 1960, o fontanário foi desmontado. Vinte anos depois, a Câmara Municipal de Sintra reergueu o monumento, não no seu primitivo lugar, mas uma vintena de metros mais adiante, em plena Volta do Duche. A sua grandiosa arquitectura revela certo formalismo académico, característico, aliás, do modernismo revivalista dos anos 1920. De facto, como o próprio topónimo indica, trata-se de uma estrutura de desenho neo-árabe. O edifício que alberga o fontanário é "dinamizado" por grande arco em Ferra-dura denticulado, no qual se rasgam três outros arcos em ferradura, também dentea-dos e emoldurados por azulejos neo-mudéjares, impondo-se ao centro, a pedra d`armas do Município. As colunas assentam em socos elevados que as Projectam nos capitéis de geométrica e diferenciada decoração. Esta pétrea composição desenvolve-se por entre azulejos ao estilo mudéjar e de intensa policromia, permanecendo ainda bordejada por possante friso relevado de cariz geometrizante que, no topo, se des-dobra num ático sobressaliente onde assentam merlões escadeados, similares aos do Paço Real. No interior ovóide e cobertura abobadada, as paredes permanecem reves-tidas por azulejos também de inspiração mudéjar. E, ao centro, impõe-se o fonta-nário, cuja bica de bronze emerge de um florão e a água derramada resguarda-se em tanque oval com bordo concheado.



Fonte:http://www.cm-sintra.pt